A União Europeia está a analisar que solução deve dar a vetos apresentados pela Hungria e Polônia a tratados firmados pela maioria dos países daquela comunidade e que dizem respeito a diretrizes e objetivos ligados ao controle climático. Um dos temas que têm preocupado a comissão que analisa a questão diz respeito ao fenômeno do populismo, que vem estendendo sua força a diversos países, sejam de direita, sejam de esquerda. Hungria e Polônia, países que se negam a ratificar os tratados, são países comandados por governos populistas.
A uma constatação a comissão europeia já chegou: a de que os governos populistas ganharam espaço em boa parte devido a um conformação natural do liberalismo, que, preocupado apenas com o capital, desconsidera a existência da maioria da população, que, então, busca refúgio em governos populares, de direita ou de esquerda.
Considerando o que vivenciamos hoje na guerra política das vacinas, entre a União Federal e alguns governadores, devemos refletir com cautela se o fenômeno do populismo não nos está a chegar cada vez mais próximo.