O inolvidável jornalista  PAULO FRANCIS cunhou, na coluna que mantinha no jornal “Última Hora”, uma expressão que viria a tornar-se  conhecida: “governo de trapézio”, referindo-se às enormes dificuldades com as quais lidava o então presidente, JOÃO GOULART, diante da intensa pressão de grupos da esquerda e da resistência de uma direita conservadora, sobretudo formada pela elite financeira paulistana.

TOCQUEVILLE escreveu que “A história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias”, para dizer que a vida da história é uma constante e periódica repetição dos fatos.

Assim, parece adaptar-se perfeitamente ao governo BOLSONARO a expressão “governo de trapézio”, embora com algo que a diferencia do que ocorria no governo GOULART. No governo BOLSONARO, de um lado do “trapézio” estão as forças de uma direita conservadora sobretudo em costumes, e doutro lado os grupos do mercado financeiro, que ansiosamente reclamam reformas que ampliem o poder do capital até um limite que eles mesmos não sabem qual será.

O atual governo está suspenso nesse trapézio. A questão é saber se conseguirá permanecer suspenso. GOULART não conseguiu.

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