Duas vicissitudes estão envolvidas na descoberta de um texto inédito de BORGES. A primeira diz respeito ao colecionador brasileiro, PEDRO CORRÊA DO LAGO, que após visitar em 1979 o famoso escritor em sua casa, a ela retornou trazendo um achado: uma carta manuscrita pelo avô de BORGES, o coronel, FRANCISCO BORGES, que, como comandante do Exército,  decidira pela morte de um homem, história que BORGES ouvira em sua infância, narrada por sua avô. BORGES, contudo,  não tinha certeza de que o fato ocorrera.

A carta encontrada pelo colecionador brasileiro tinha sido arrematada em um leilão e fora parar em uma loja de antiguidades de Buenos Aires. Conhecendo do conteúdo da carta, BORGES disse a PEDRO que se sentia obrigado a escrever um texto a respeito da carta e da história nela contada.

A segunda vicissitude envolve a viúva de BORGES, MARIA KODAMA. Isolada em razão da pandemia, ela, que vive a viajar pelo mundo, encontrou  tempo para dar ordem a papeis que, segundo ela, formavam  um caos em sua residência. Pois que ela casualmente acabou por se deparar com  o texto produzido por BORGES.

O pequeno texto  está agora depositado na Fundacion Internacional Jorge Borges, mas foi publicado nas páginas do jornal argentino “La Nacion”, na edição de primeiro de novembro deste ano.

PEDRO CORRÊA DO LAGO voltou a encontrar BORGES noutras ocasiões, em especial em 1985, ano em BORGES escreveu o texto.

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