Para quem quiser compreender, ainda que a uma certa distância e descontando  alguma dose de romantismo, as dificuldades com as quais lidam a Justiça Criminal e seus operadores (juízes, promotores e advogados), bastara assinar ao documentário “Quem matou Maria Marta”, em exibição na plataforma de streaming, NETFLIX.

O documentário retrata um caso ocorrido em 2002 na Argentina, em que uma família de classe média se vê envolvida em um caso de homicídio de uma parente, uma investigação  conduzida por um “fiscal” (promotor de justiça) de uma pequena província próxima a Buenos Aires.

Manipulação de dados, provas indevidamente desperdiçadas, jogos de poder, marchas e contramarchas no processo, atuação dos meios de comunicação, compõem os principais ingredientes desse rumoroso caso, que manteve a atenção dos meios de comunicação na Argentina por um longo tempo, e mesmo até hoje, porque as investigações ainda não foram concluídas.

Respeitadas umas tantas diferenças entre o nosso processo criminal e o modelo adotado na Argentina, o documentário transmite, com forte dose de realidade, as agruras frequentemente vivenciadas pelos operadores da Justiça Criminal.

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