PROUST, ao concluir o primeiro volume de “Em Busca do Tempo Perdido”, rigorosamente observando a estrutura circular de sua obra, volta ao tema da relação entre memória e realidade:
“(…) a melhor compreender a contradição que existe entre procurar na realidade os quadros da memória, aos quais faltaria sempre o encanto que lhes vem da própria memória e de não serem percebidos pelos sentidos” – para, então, observar: “(…) a recordação de certa imagem não é senão saudade de certo instante”). (“No Caminho de Swan”).