É a pergunta que HANNAH ARENDT formulou a HEIDEGGER, em carta que lhe encaminhou em março de 1972. HANNAH, àquela altura, vinha meditando sobre a “localidade do pensamento”, e anotara uma frase de PAUL VALÉRY: “Ora eu penso, ora eu existo”.
E em julho do mesmo ano, HANNAH, em sua habitual correspondência com HEIDEGGER, continua a explorar o tema:
“Tenho girado muito em torno de uma ideia. Se o pensamento, como acontece consigo, se levanta toda manhã de maneira própria e nova, ele não pode fazer outra coisa senão impedir o surgimento de resultados. Este é o preço que a “oralidade” originária da atividade pensante exige à escrita”.
Afinal, onde estamos, quando pensamos?