Antes de prosseguirmos com os detalhes históricos do primeiro grande julgamento do STF, uma curiosidade histórico-literária.

Conforme vimos, o primeiro grande julgamento na história de nosso STF envolveu RUI BARBOSA, que em favor de várias personalidades que haviam sido atingidas pela decretação de estado de sítio por FLORIANO PEIXOTO impetrara  um habeas corpus. Um dos beneficiados pela impetração era o poeta, OLAVO BILAC, que fora obrigado a uma “permanência involuntária” em Minas Gerais, por infindáveis sete meses. Estamos falando do ano de 1893.

Em seu livro, “Crônicas e Novelas”, BILAC, de poeta parnasiano, transformava-se assim  em um jornalista, publicando  maravilhosas crônicas,  escritas de seu exílio em Ouro Preto, retratando as cidades mineiras que descobria e os personagens com os quais lidava, de um desconhecido Brasil.

De um triste episódio, BILAC, como grande artista que era, soube tirar encantadoras crônicas, reunidas em uma edição recente, organizada por ANTONIO DIMAS, publicada  pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em parceria com a EDUSP.

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