Em 1861, MACHADO DE ASSIS fora afastado do “Diário do Rio de Janeiro”, jornal em que publicava suas crônicas, muitas delas de natureza política. E ao que se especula ainda hoje, foi exatamente a política o motivo de seu afastamento do jornal. Em 1862, MACHADO volta à labuta de cronista em uma revista “O Futuro”. Vejam que primor de escrita:

“Tirei hoje do fundo da gaveta, onde jazia, a minha pena de cronista. A coitadinha estava com um ar triste, e pareceu-me vê-la articular, por entre os bicos, uma tímida exploração. (…) Limpei-a, acariciei-a e, como o Abencerragem ao seu cavalo, disse-lhe algumas palavras de animação para a viagem que tínhamos de fazer.

(…).

Vamos lá; que tens apreendido desde que te encafuei entre os meus esboços de prosa e de verso? Necessito mais que nunca de ti; vê se me dispensa as tuas melhores ideias e as tuas mais bonitas palavras (…)”. (A Juventude de Machado de Assis, Jean-Michel Massa).

 

 

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