É o que afirma ÁLVARO LINS em sua obra “A Técnica do Romance em Marcel Proust”. A razão, segundo o grande escritor, imortal e diplomata pernambucano, “com a situação do amor que se transforme em ciúme, que já não é amor para ser ciúme apenas, é que Marcel Proust construiu uma obra-prima do romance psicológico”. 

E para robustecer seu argumento, ÁLVARO LINS aduz:

Uma obsessão de Swann será saber se Odette fora amante de Forcheville, se este se achava em casa dela no dia em que lhe batera à porta sem ser atendido. Só o saberá muito mais tarde. No entanto, quando sentiu que Odette não tinha mais mistérios para o seu ciúme, quando julgou tudo conhecer do seu passado – que fora viciosa, que o enganara, que mentira sempre – o seu amor por ela termina. Era como se a imagem dela se houvesse esvaziado de seu conteúdo. Em consequência, cessou de sofrer, desde que seu amor representava uma forma de sofrimento. E quando não mais ama a Odette, casa-se com ela, dá-lhe o nome e fortuna. (…)”. 

Tem aí o leitor mais uma chave para buscar compreender “À la Recherche du Temps Perdu”.

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