“Sabe-se que Em busca do tempo perdido é a historia de uma escrita” – é o que afirma ROLAND BARTHES em seu ensaio “Proust e os Nomes”.

E desenvolvendo essa ideia, acrescenta: “A obra de Proust descreve um imenso, um incessante aprendizado. Esse aprendizado apresenta sempre dois momentos (em amor, em arte, em esnobismo): uma ilusão e uma decepção; desses dois momentos nasce a verdade, isto é, a escrita; mas entre o sonho e a vigília, antes que surja a verdade, o narrador proustiano deve cumprir uma tarefa ambígua (pois ela leva a verdade através de muitos enganos), que consiste em interrogar, apaixonadamente, os signos: signos emitidos pela obra de arte, pelo ser amado, pelo ambiente frequentado. (…)”.

 

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