Analisando a obra de BAUDELAIRE, e respondendo a PAUL VALÉRY, que dissera que um artista vale mil séculos, ou cem mil, ou mais ainda, PROUST fez observar:

“Se esses artistas harmoniosos ou ponderados representam mil séculos com relação ao trabalho cego da natureza, eles mesmos não constituem, os Voltaire por exemplo, um tempo indefinido com relação a algum enfermo, um Baudelaire, ou melhor ainda, um Dostoievski, que em trinta anos, entre as suas crises de epilepsia e outras crises, cria tudo aquilo de que uma linguagem de mil artistas bastante saudáveis, contudo, não teria podido fazer sequer um parágrafo”. (MARCEL PROUST, A propósito de Baudelaire).

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