Para cumprimentar seu antigo professor HEIDEGGER, ao tempo em que ele completava oitenta anos de vida, HANNAH ARENDT escreveu-lhe em setembro de 1969:
“(…) Heidegger nunca pensa ‘sobre’ algo; ele pensa algo. Nesta atividade absolutamente não contemplativa, ele se crava na profundeza. Não para encontrar nesta dimensão – da qual se poderia dizer que não tinha sido simplesmente descoberta antes desta maneira e com esta precisão – um fundamento último e assegurador ou quiçá para trazê-la à luz. Ao contrário, ele vai ao fundo para instaurar caminhos e para estabelecer ‘marcas do caminho”. (Correspondência 1925/1975).