Assim caracterizou o professor de geografia da saúde da UNIFESP, RAUL GUIMARÃES,  a situação vivida em São Paulo em razão da pandemia: “Quanto mais nos movimentamos, mais afundamos”, na precisas palavras desse especialista, em entrevista que deu ao jornal “O Globo”, edição de hoje.

O pico no número dos contágios não foi ainda atingido, segundo a maioria dos especialistas, mas mesmo assim o governo estadual e a prefeitura de São Paulo decidiram autorizar a abertura do comércio em geral, incentivando que os índices de isolamento social caiam sensivelmente, propiciando, por óbvio, que a doença se alastre.

Os tribunais estaduais e federais, depois que o Conselho Nacional de Justiça abriu mão de decidir o que deveria decidir, estão sinalizando com a retomada das atividades presenciais, sem haver um mínimo de segurança sanitária de que isso possa ocorrer em breve tempo, com o risco, portanto,  de que muitos juízes, advogados e servidores infectem-se.

Mas, curiosamente, não se tem conhecimento de nenhuma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo com o objetivo de levar ao Poder Judiciário a análise jurisdicional desse importante tema de saúde pública.  O mesmo Ministério Público que, em relação a muitas cidades do interior, foi expedito em buscar a tutela jurisdicional.

 

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