Os protestos contra o racismo que, iniciados nos Estados Unidos, espalham-se rapidamente por outras partes do mundo constituem, sem dúvida, a fermentação de uma nova era e de uma nova mentalidade, para a qual os direitos fundamentais não podem mais permanecer como itens esquecidos em uma constituição, dado que devem se transformar em direitos subjetivos efetivos que possam ser reclamados ao Estado, e que este seja obrigado a implementá-los.
O mais interessante que subjaz a esse importante fenômeno sócio-político-jurídico é o local em que surge: os Estados Unidos, o país em que o capitalismo assumiu a sua conformação mais pura e mais radical. Será ali, nos Estados Unidos, que o capitalismo começará a ruir definitivamente?