Acaba de chegar ao Brasil o livro “A guerra pela Uber”, (no original: “Super Pumped: The Battle for Uber),  de Mike Isaac, tradução por Alexandre Raposo, Bruno Casotti e Leonardo Alves, publicação da editora Intrínseca Limitada. O livro narra, com detalhes,  como se deu o surgimento da companhia “Uber” nos Estados Unidos. Para os operadores do Direito, fica a clara demonstração de como grupos econômicos poderosos,  a  pretexto de criarem algo que produz melhoria social, violam a lei. Aliás, bastante adequada a epígrafe que o autor Mike Isaac utilizou, citando MAQUIAVEL: “Você há de saber que existem duas maneiras de se contestar. Uma pela lei, outra pela força. O primeiro método é próprio dos homens, o segundo, dos animais; mas, como o primeiro muitas vezes não basta, é necessário recorrer ao segundo”.

O que fica da leitura desse interessante livro é a revelação de como o capitalismo engendra cada vez mais mecanismos destinados a tornar inoperante a lei, mas sem a confrontar diretamente, e como o processo civil pode ser utilizado como importante instrumento para isso, como ocorreu no Brasil. A propósito, talvez fosse o caso de se contar em livro como o processo civil tornou-se o principal mecanismo utilizado pela “Uber” para legitimar a sua autuação no Brasil.

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