Na edição de hoje de a “Folha de São Paulo”, o cientista político e imortal da Academia Brasileira de Letras, JOSÉ MURILO DE CARVALHO, afirma que nossa República continua sujeita a uma interferência moderadora das Forças Armadas. Vale recordar o que a propósito do mesmo tema escreveu, em 1937, durante o “Estado Novo” (governo de Getúlio Vargas), AUSTREGÉSILO DE ATHAYDE, outro imortal e sempre recordado presidente da Academia Brasileira de Letras,  em um artigo publicado em jornal:

O perigo da nossa vida nacional tem estado sempre em que muitos militares não se resignam ao papel que lhes cabe e vêm colaborar com os partidos num plano alheio às suas cogitações profissionais”. 

Podemos concluir que nada mudou: a nossa República  ainda está muito longe de significar “coisa pública”, no sentido de que o povo de suas decisões participe, ou possa participar, e que os privilégios, quando existam, justifiquem-se por algum razão lógica.

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