“Mas o que é no fim de contas um erro de espírito desinteressado senão uma tentativa malograda da inteligência para a conquista de uma verdade? Os políticos passam, e a sociedade fica. O destino geral de um país não depende do gênio de um ou de outro dos seus grandes homens, mas sim da natureza íntima dos elementos sociais de que esse país dispõe para se adaptar aos progressos da civilização. Os homens verdadeiramente nocivos e fatais numa sociedade não são os que erram na direção das coisas, mas os que corrompem no contato das pessoas”. (RAMALHO ORTIGÃO, As Farpas, v. III, p. 136-137).